Nosso ouvido é o responsável por um dos sentidos mais importantes do corpo, a audição — necessária no desenvolvimento de diversos processos, como a fala, comunicação e percepção. Além disso, o ouvido participa do nosso equilíbrio corporal, pois, em seu interior há uma estrutura que, se afetada, pode trazer consequência à saúde, como a labirintite.
Um dos sintomas mais comuns desse quadro é a tontura, uma queixa frequente em muitos consultórios. Entretanto, mesmo quando intensa, tal sensação pode ser causada por diferentes situações que variam de leve e momentânea, como também pode ser um indicativo de algo mais sério.
Entenda agora o que é labirintite, seus fatores de risco, causas e os tratamentos para esse mal que afeta tanta gente, comprometendo a sua qualidade de vida. Boa leitura!
1. Definição
A labirintite é um distúrbio do ouvido interno e ocorre quando um canal dentro dele, conhecido como labirinto, está inflamado.
O labirinto é a parte mais interna do ouvido e é formado por duas partes. A cóclea é uma cavidade em forma de espiral que desempenha um papel ligado às interações sonoras entre o ouvido e o cérebro. Já o sistema vestibular é vital na manutenção do nosso senso de equilíbrio e é formado por canais preenchidos com fluido.
Uma inflamação em uma ou ambas as regiões faz com que o nervo envie sinais confusos ao cérebro, criando a falsa impressão de que o corpo está se movendo. Essa sensação entra em conflito com os outros sentidos e cria a ilusão de que tudo está girando.
2. Causas
Tal problema pode ocorrer em qualquer idade, entretanto, é mais comum a partir dos 40 anos. Uma variedade de fatores pode estar envolvida, incluindo:
processos infecciosos ou inflamatórios;
alergias;
doenças neurológicas;
alterações genéticas;
tumores;
uso de certos medicamentos.
A labirintite geralmente é consequência de uma infecção viral, como a gripe, que pode se espalhar do nariz, boca e vias aéreas para o ouvido interno.
Infecções que afetam o resto do corpo, por exemplo, sarampo e caxumba, são uma causa menos comum de labirintite viral.
Em casos raros, a labirintite pode ser causada por uma infecção bacteriana que tem maior probabilidade de afetar crianças pequenas e é mais grave.
As bactérias podem entrar no labirinto se as membranas finas que separam o ouvido médio do ouvido interno estiverem afetadas. Isso pode acontecer se há uma infecção no ouvido médio ou no revestimento do cérebro — conhecida como meningite.
A labirintite também pode se desenvolver em pessoas que têm alguma condição autoimune, situação em que o sistema imunológico ataca de forma errada o tecido saudável em vez de combater as infecções.
Em outros casos, a doença está relacionada a fatores emocionais, por exemplo, depressão ou ansiedade. Sendo assim, os sintomas podem piorar quando a pessoa está em situações de estresse ou quando faz movimentos rápidos com a cabeça.
3. Fatores de risco
Você tem um risco aumentado de desenvolver labirintite se:
fuma;
consome grandes quantidades de álcool;
vive sob constante estresse;
usa certos medicamentos;
tem colesterol alto ou hipoglicemia;
sofre com diabetes ou pressão alta;
teve doença viral ou infecção no ouvido recentemente.
4. Sintomas
Existem três indícios que surgem em quase todos os casos: tontura, perda auditiva e vertigem.
Algumas pessoas experimentam queixas leves de curta duração, mas em casos graves é comum acontecer perda de equilíbrio de alta intensidade, o que impede a pessoa de se manter em pé.
Outros sintomas da labirintite são:
perda auditiva, variando de perda auditiva leve a total;
pressão no ouvido afetado;
vômitos e náuseas;
visão embaçada ou dupla;
presença de secreção ou líquido na orelha;
febre.
Se você está tonto ou desequilibrado, é aconselhável que evite dirigir, usar ferramentas e máquinas, ou trabalhar em locais altos. Já que os sintomas que normalmente não duram muito tempo, podem persistir por meses ou até anos após a infecção inicial ter desaparecido.
5. Diagnóstico
A labirintite é diagnosticada com base nos sintomas, histórico médico e exame físico.
Na consulta, o otorrinolaringologista fará algumas perguntas, ele pode pedir para que você mova a cabeça ou o corpo. Seus ouvidos serão examinados a fim de checar se há sinais de inflamação e infecção.
O médico também pode fazer outros exames, tais como tomografia computadorizada, ressonância magnética e testes auditivos, para verificar se há outros problemas ou perda auditiva.
O profissional costuma observar os seus olhos. Se eles estão piscam descontrolavelmente, é geralmente um indício de que seu sistema vestibular, o sistema de balanceamento do corpo, não está funcionando como deveria.
6. Tratamentos
O tratamento imediato para labirintite pode incluir:
corticosteroides, capazes de ajudar a reduzir a inflamação do nervo;
antibióticos, se houver sinais de infecção bacteriana;
medicamentos que controlam náuseas e tonturas;
anti-histamínicos;
sedativos vestibulares;
drogas antivirais.
Como citado, na maioria das vezes os sintomas desaparecerem dentro de algumas semanas, assim, provavelmente, você não precisará de outro tratamento. Caso contrário, pode ser necessário fazer alguns procedimentos conhecidos como exercícios de reabilitação vestibular. Eles são uma forma de fisioterapia e podem ajudar seu cérebro a se adaptar ao desequilíbrio.
Em ataques súbitos de vertigem que são acompanhados por surdez em um ouvido, é aconselhável que você procure um serviço médico urgente. Pois podem representar um indicativo de vasos sanguíneos bloqueados para o cérebro ou outros problemas adicionais que precisam do uso de aparelhos auditivos.
Se você está sofrendo de labirintite, há uma variedade de opções de autoajuda que pode aliviar alguns dos sintomas. Beber muita água, reduzir a ingestão de café, sal e álcool, descansar bastante, parar de fumar e minimizar a exposição a luzes brilhantes e a ruídos altos costumam ajudar a aliviar a tontura. Também é aconselhável evitar situações estressantes.
Agora que você já sabe o que é labirintite e como combatê-la, não vacile. Nos primeiros sinais procure um hospital ou uma clínica de otorrinolaringologia, como a Otorrino DF para receber orientação médica e evitar outras complicações. Afinal, sua saúde é o seu bem mais precioso!
Agende uma avaliação, (61) 3542-2803!
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