Em um mundo repleto de sons que nos conectam ao ambiente ao nosso redor, a capacidade de ouvir desempenha um papel fundamental em nossa experiência de vida.
No entanto, algumas pessoas podem ter essa capacidade comprometida, seja devido a fatores genéticos, ambientais ou de saúde, e os impactos na qualidade de vida podem ser significativos.
Compreender os diferentes tipos de perda auditiva é essencial para identificar as causas subjacentes, desenvolver estratégias e proporcionar o tratamento mais adequado para cada situação.
Ao entendermos melhor esse universo podemos fornecer o apoio necessário a pessoa que está sofrendo com a perda auditiva.
A perda auditiva é classificada com base na localização das estruturas afetadas do aparelho auditivo, apresentando tipos distintos, com características próprias e tratamentos específicos.
Neurossensorial
A perda auditiva neurossensorial é um desafio complexo e ocasionado por danos nas delicadas células ciliadas ou no nervo auditivo.
Essas células têm a função de transmitir a informação sonora recebida no ouvido para o nervo auditivo, que então a conduz até o cérebro.
Ocorre que por causa desses danos as ondas sonoras alcançam o ouvido, porém não conseguem ser transformadas em impulsos elétricos para o sistema nervoso.
Esses danos, uma vez estabelecidos, são considerados irreversíveis, sugerindo que não há uma cura direta para esse tipo de perda auditiva.
No entanto, apesar desse cenário, há uma gama de tratamentos eficazes disponíveis, que visam reduzir o impacto da condição e melhorar significativamente a capacidade auditiva.
Para pacientes diagnosticados com perda auditiva neurossensorial, especialmente em seus estágios leves a severos, os aparelhos auditivos representam uma solução comum e eficaz. Estes dispositivos eletrônicos trabalham para amplificar os sons do ambiente, permitindo que o usuário os ouça mais claramente.
Porém, caso não haja adaptação aos aparelhos auditivos, ou, caso a perda auditiva seja profunda, outros tratamentos, como o implante coclear podem ser mais indicados e eficazes.
O implante coclear é um procedimento realizado em centro cirúrgico, trata-se de um dispositivo eletrônico que estimula o nervo auditivo, substituindo as funções das células danificadas do ouvido interno.
Condutiva
Ocorre quando os sons não conseguem passar do ouvido médio para o ouvido interno, onde seriam transmitidos para o cérebro. Pode ser causada por algum obstáculo que impede essa passagem, desde o acúmulo de cerume (cera de ouvido), líquidos decorrentes de alguma infecção, perfuração do tímpano até mesmo problemas nos ossos auditivos.
Esse tipo de perda auditiva pode variar de leve a moderada e o tratamento pode variar de acordo com a causa subjacente, podendo ser temporária ou permanente.
Em casos mais leves, decorrente do acúmulo de cera e algumas infecções, o tratamento se dá com o uso temporário de antibióticos ou com a remoção da cera acumulada, através da lavagem correta feita em consultório médico.
No caso de perfuração de tímpano, é realizada uma cirurgia chamada timpanoplastia.
No entanto, quando a perda auditiva condutiva é causada por problemas nos ossos condutivos do ouvido, como malformações congênitas, o tratamento pode ser mais desafiador. Nesses casos, opta-se pelo uso de aparelhos auditivos tradicionais, aparelhos auditivos de condução óssea ou até mesmo implantes auditivos ósseos, escolhidos com base no grau de perda e nas necessidades individuais do paciente.
Mista
É caracterizada pela combinação de elementos neurossensoriais e condutivos, e requer uma abordagem cuidadosamente personalizada para alcançar os melhores resultados. O tratamento pode envolver uma variedade de técnicas, incluindo medicamentos, cirurgias, aparelhos auditivos convencionais e até mesmo implante coclear, dependendo do grau de intensidade da perda auditiva, fatores causais e características anatômicas específicas do ouvido de cada indivíduo.
Neural
É a perda de adição profunda e permanente, devido à ausência ou dano total do nervo auditivo, e não pode ser trata com os métodos utilizados para as outras formas de perda auditiva, pois nesses casos, não é possível transmitir informações sonoras para o cérebro.
A conscientização sobre os tipos e tratamentos da perda auditiva, como o uso de aparelhos auditivos ou implante coclear para perdas neurossensoriais, cirurgias para corrigir perfurações no tímpano em casos condutivos, oferecerem conforto, esperança, segurança e melhora significativa da qualidade de vida daqueles que enfrentam essas condições desafiadoras.
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