A hiperacusia é uma condição auditiva pouco conhecida, mas que impacta profundamente a vida de quem a tem. Caracterizada por uma sensibilidade extrema aos sons, a hiperacusia pode causar desde desconforto até dor intensa a quem é acometido por ela. Neste post, vamos desvendar alguns dos principais mitos e verdades sobre a hiperacusia, ajudando a esclarecer dúvidas e a promover a conscientização sobre essa condição.
Mito 1: "A hiperacusia é apenas uma sensibilidade comum aos sons."
Verdade: Embora a hiperacusia seja uma sensibilidade aumentada aos sons, ela vai muito além do desconforto que muitas pessoas sentem com barulhos altos. Quem sofre de hiperacusia experimenta uma reação física intensa a sons que, para a maioria das pessoas, são considerados normais ou até suaves. Em alguns casos, sons do cotidiano como o de uma torneira pingando ou do trânsito podem ser insuportáveis, causando dor e estresse severo.
Mito 2: "A hiperacusia é causada por problemas emocionais ou psicológicos."
Verdade: Embora a hiperacusia possa afetar a saúde mental, suas causas são majoritariamente físicas e podem envolver danos ao sistema auditivo. Algumas das causas incluem lesões traumáticas na cabeça, infecções no ouvido, exposição a sons altos por períodos prolongados ou mesmo problemas neurológicos. A condição pode ter consequências psicológicas devido ao isolamento e à frustração, mas ela não é uma condição "psicológica" em si.
Mito 3: "A hiperacusia só afeta pessoas que já têm perda auditiva."
Verdade: Pessoas com hiperacusia geralmente têm uma audição normal ou até mais aguçada do que a média. Na realidade, a condição muitas vezes se manifesta em indivíduos sem qualquer perda auditiva. Esse é um ponto importante para diferenciar a hiperacusia de outros problemas auditivos: ela não significa ouvir menos, mas, sim, ouvir de forma mais intensa e, muitas vezes, dolorosa.
Mito 4: "Basta evitar sons altos para melhorar a hiperacusia."
Verdade: Embora seja recomendado que pessoas com hiperacusia evitem exposição a sons altos, isso, por si só, não resolve a condição. Aliás, o uso excessivo de tampões de ouvido ou isolamento pode piorar a sensibilidade, agravando o problema. Existem tratamentos específicos, como a Terapia de Reabilitação Auditiva (TRT), que ajudam o cérebro a reprogramar sua resposta aos sons e, assim, reduzir a sensibilidade.
Mito 5: "Não há tratamento para a hiperacusia."
Verdade: A hiperacusia é desafiadora de tratar, mas existem métodos que podem proporcionar alívio. Terapias sonoras, aconselhamento e, em alguns casos, dispositivos auditivos especiais são opções recomendadas. Cada pessoa responde de forma diferente ao tratamento, e é importante procurar um profissional de saúde especializado para encontrar a melhor abordagem.
Mito 6: "Todas as pessoas com hiperacusia têm o mesmo nível de sensibilidade."
Verdade: A hiperacusia varia muito de pessoa para pessoa. Enquanto algumas pessoas podem ser afetadas por sons específicos, como barulhos agudos, outras podem ter reações a uma ampla gama de sons. Essa variação faz com que a hiperacusia seja uma condição única e desafiadora, pois cada paciente tem um nível e tipo de sensibilidade diferentes.
Mito 7: "A hiperacusia é apenas um incômodo leve."
Verdade: Para muitas pessoas, a hiperacusia é debilitante. A exposição diária aos sons pode levar a dores de cabeça, ansiedade e até pânico. A intensidade do impacto na qualidade de vida é séria e, muitas vezes, impede que a pessoa realize atividades simples, como frequentar lugares públicos ou socializar.
A hiperacusia é uma condição séria que exige mais conscientização e compreensão. Desvendar esses mitos e entender as verdades sobre a condição é um passo importante para apoiar quem convive com a hiperacusia. Se você ou alguém que conhece sofre com a hiperacusia, saiba que há recursos e tratamentos disponíveis, e que é possível, com o suporte adequado, melhorar a qualidade de vida.
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