Sentir uma leve dificuldade para respirar nem sempre é motivo de preocupação. Pode acontecer após a subida de vários lances de escadas ou da prática de atividades físicas. Seja qual for o motivo, a sensação é sempre de cansaço e esgotamento, o que faz com você precise de algum tempo para se recuperar.
Agora, imagine se a falta de ar — chamada pelos médicos de dispneia — fosse algo frequente em sua vida. Quando você deitasse, falasse ou até mesmo enquanto comesse? Parece assustador, não é mesmo? Bem, esse problema pode ir muito além do excesso de esforço como justificativa. Felizmente, a maioria das condições tem tratamento.
Existem diferentes causas para os distúrbios respiratórios. Algumas estão relacionadas a doenças como pneumonia, bronquite ou asma ou a problemas como obesidade. Entretanto, alterações nas estruturas do trato respiratório superior são responsáveis por muitos casos ao redor do mundo.
Neste texto vamos apresentar motivos para a falta de ar que muita gente simplesmente desconhece. Continue a leitura e descubra!
Desvio de septo
O septo é uma estrutura no nariz que separa as narinas. Normalmente, fica no centro e divide as duas uniformemente. No entanto, em algumas pessoas isso não acontece. Elas têm uma divisão diferente, o que torna o canal de passagem do ar maior do que a outra.
Quando a irregularidade é grave, é conhecida como desvio de septo e é capaz de causar complicações na saúde. Esse quadro pode ser congênito, o que significa que uma pessoa nasceu assim. Também ocorre como resultado de uma lesão no nariz, devido a esportes de contato, lutas ou acidentes de carro.
Os possíveis sintomas relacionados ao desvio de septo incluem:
dificuldade em inalar o ar, especialmente pelo nariz;
respirar melhor por uma narina;
hemorragias nasais;
ronco ou respiração pesada durante o sono;
infecções sinusais;
congestão nasal.
Crises recorrentes de rinites e ou mesmo sinusites.
Hipertrofia dos cornetos inferiores
Os cornetos são estruturas ósseas localizadas dentro do nariz, cobertas por membranas mucosas, e são essenciais na respiração. O principal papel dessa estrutura nasal é filtrar, aquecer e umedecer o ar que é inalado. Existem 3 pares de cornetos: inferiores, médios e superiores.
O entupimento nas narinas muitas vezes é provocado pela hipertrofia do corneto inferior, o que prejudica a respiração normal, nos forçando a respirar pela boca e frequentemente afetando nossas atividades do cotidiano.
Nessas situações podem surgir dores de cabeça e distúrbios do sono, como roncos e apneia obstrutiva, já que a passagem aérea nasal é a via respiratória normalmente usada enquanto dormimos.
A hipertrofia ocorre quando a membrana mucosa que cobre essa região se contrai ou incha, em resposta a mudanças no fluxo sanguíneo. Devido à alergia, sinusite, substâncias irritantes — por exemplo, cigarro e fumaça — gravidez ou outras mudanças hormonais e variações congênitas.
Um paciente com desvio de septo nasal é mais propenso a ter hipertrofia dos cornetos, já que as estruturas dentro do nariz tendem a expandir, de modo que preencham áreas abertas. Se o septo é desviado para a esquerda, isso cria espaço onde a concha média e a inferior direita crescem. Nesses casos, alguns especialistas recomendam a turbinoplastia.
Aumento das adenoides
Adenoides são pequenos pedaços de tecido localizados na parte de trás da garganta que não são diretamente visíveis. Assim como as amígdalas, fazem parte do sistema imunológico, o que ajuda a prevenir e combater infecções.
Durante os primeiros anos de vida, as adenoides contribuem na proteção dos bebês, aprisionando bactérias e vírus que penetram no corpo pelo nariz.
Nos quadros de infecção, geralmente aumentam de tamanho, mas retornam ao normal quando há melhora. No entanto, em alguns casos, as adenoides permanecem ampliadas mesmo após a infecção ter desaparecido.
Algumas crianças têm a glândula maior desde o nascimento, mas também podem ser causadas por alergias e levam a sintomas como:
nariz entupido;
dificuldades em respirar pelo nariz;
dor no ouvido;
alterações durante o sono;
problema garganta.
Amígdalas inchadas
As amígdalas são um par de massa mole localizada na parte posterior da garganta, perto da faringe. Elas repousam em ambos os lados do pescoço e variam muito em tamanho de uma pessoa para outra.
Fazem parte do sistema linfático do nosso organismo e combatem patógenos. Cada amígdala é composta de tecido semelhante aos gânglios linfáticos e é coberto por mucosa rosada.
Uma das funções dessa estrutura é interceptar bactérias e vírus que entram em seu corpo. Para isso, suas células imunológicas produzem anticorpos que combatem e matam os germes, prevenindo infecções na garganta e nos pulmões. Quando nossas amígdalas são expostas a essas situações, incham em resposta.
No entanto, algumas pessoas simplesmente nascem com essa modificação. Isso pode ocorrer em qualquer pessoa, embora seja mais provável que ocorra se houver um histórico familiar. Além disso, aqueles que vivem constantemente com amigdalites tendem a ter maior probabilidade de sofrer com isso. Tal circunstância interfere na respiração normal, na drenagem do seio nasal e no sono, alimentação e fala.
Síndrome de Treacher Collins
A síndrome de Treacher Collins é uma desordem genética que afeta a maneira como o rosto, a cabeça e as orelhas se desenvolvem antes do nascimento. Algumas crianças apresentam apenas variações leves no rosto, enquanto outras têm sintomas mais graves.
Os pais podem transmitir o distúrbio aos filhos por meios dos genes, mas muitas vezes a síndrome se desenvolve sem qualquer aviso.
A criança nascida com a alteração pode ter algumas ou todas as seguintes características:
maçãs do rosto pequenas ou ausentes;
olhos inclinados para baixo;
pálpebras malformadas;
mandíbula pequena;
orelhas externas pequenas, ausentes ou fora de posição.
Esses problemas físicos podem causar dificuldades de respiração, alimentação, audição e fala. Ainda assim, seus portadores geralmente têm inteligência e desenvolvimento de linguagem normal.
Lábio leporino
A fenda palatina e a fissura labial, conhecidas popularmente como lábio leporino, são anormalidades faciais que ocorrem quando áreas separadas do rosto do bebê não se unem corretamente durante a gestação.
Essa má formação pode atrapalhar a alimentação precoce. Normalmente, quando os bebês se alimentam, eles respiram pelo nariz e produzem um vácuo na boca para sugar. Se há uma fissura, eles não conseguem fazer esse vácuo. As crianças com lábio leporino também podem ter dificuldade em inalar o ar e alimentar-se ao mesmo tempo.
A maioria das fendas pode ser reparada por meio de cirurgias, que corrigem o desenvolvimento incompleto e visam restaurar funções básicas, como a capacidade de comer, falar, ouvir e respirar, além de harmonizar a aparência da face.
Se você ou alguém próximo tem sinais ou sintomas de um ou mais problemas que causam dificuldade para respirar discutidos ao longo do texto, deve consultar o médico otorrinolaringologista o quanto antes. Esse profissional é capaz de fazer um diagnóstico preciso e recomendará medidas de prevenção e tratamento que certamente farão a diferença em sua saúde e qualidade de vida.
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