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Entenda — de uma vez por todas — os perigos da automedicação

Atualizado: 10 de out. de 2018


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Provavelmente, algum dia você já recorreu à caixinha de remédios da sua casa ou à farmácia para comprar algum medicamento que aliviasse sintomas de mal-estar, não é mesmo?


Essa prática é bastante comum no Brasil, apesar de inadequada. Segundo dados recentes do Instituto de Ciência Tecnologia e Qualidade (ICTQ), 72% da população brasileira se automedica. Mas o que muitas pessoas não sabem é que essa simples atitude pode desequilibrar a saúde.


As complicações da automedicação vão desde o agravamento do quadro até a morte. Mesmo em casos considerados simples, como dores de cabeça ou resfriados, os riscos associados à prática irregular são diversos.


Como esse tema é de grande importância, o objetivo deste post é orientar você sobre os riscos da automedicação, especialmente em casos mais recorrentes, como dor de cabeça, infecção de garganta e resfriado. Continue a leitura e saiba mais sobre o assunto!


O contexto da automedicação


A facilidade de acesso à informação pela internet possibilitou o conhecimento de diversos assuntos por um vasto número de pessoas. Entre as pesquisas, estão as buscas sobre medicamentos e seus efeitos e prescrições.


Além disso, a vasta divulgação dos medicamentos isentos de prescrição, que permanecem ao alcance até mesmo de crianças, fomenta a prática de automedicação. Desse modo, os remédios foram banalizados e se transformaram em produtos de fácil consumo.


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) define a automedicação como: “a utilização de medicamentos por conta própria ou por indicação de pessoas não habilitadas, para tratamento de doenças cujos sintomas são ‘percebidos’ pelo usuário, sem a avaliação prévia de um profissional de saúde (médico ou odontólogo).”


Embora os remédios possam melhorar os sintomas, sua utilização sem orientação médica pode piorá-los, causando sérios riscos à saúde. De acordo com o Ministério da Saúde, foram registrados, entre os anos de 2009 e 2014, quase 60 mil casos de internações por automedicação no Brasil. 


Os perigos da automedicação


Entre os medicamentos mais utilizados sem orientação adequada, estão os que combatem dor de cabeça, tosse, infecção de garganta, dor muscular e resfriado, sintomas que podem ser facilmente percebidos em tempos secos. 


Esse uso indiscriminado pode ser a razão de muitos problemas, como você verá a seguir. Acompanhe os próximos tópicos e descubra quais são os principais perigos de ingestão de medicamentos por conta própria.


Intoxicação medicamentosa


Essa situação é uma das principais causas de intoxicação registradas no país. O problema surge, na maioria das vezes, devido à superdosagem da ingestão, que causa uma série de reações adversas no organismo.

Um levantamento de dados por intoxicação humana de 2016, do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas (Sinitox), registrou um total de mais de 20 mil casos de internações por intoxicação por medicamentos no Brasil.


Efeitos colaterais


Os efeitos adversos do uso indevido de remédios podem causar sérios danos à saúde e provocar óbitos. Além disso, a automedicação pode “mascarar” os sintomas de uma doença mais séria, causando seu agravamento e dificultando o diagnóstico médico. 


Problemas graves, como lesões no fígado, insuficiência nos rins e sangramentos no estômago e nos intestinos também podem ser ocasionados, em longo prazo, por causa do uso incorreto de fármacos.


Superdosagem


Outro problema decorrente da automedicação está ligado à dosagem. É importante entender que há diferenças entre os organismos das pessoas, portanto, reações diversas podem ocorrer após a ingestão de um remédio.


Por isso, nem sempre a mesma medicação recomendada para um indivíduo pode ser indicada para outro. Porém, é comum a falsa ideia de que o aumento das dosagens pode aliviar mais rápido os sintomas, e isso leva muita gente a se automedicar.


Dependência


É fato que há um alívio imediato da dor após o uso de alguns fármacos, no entanto, essa sensação pode ser tornar um vício, fazendo com que o paciente não consiga mais viver sem algum remédio.


A ingestão recorrente pode fazer, ao longo do tempo, com que a substância não produza mais efeito no organismo, aumentando, assim, a dependência da pessoa. Além disso, o abuso de medicamentos pode gerar complicações severas à saúde, como o transtorno psicológico hipocondríaco.


Resistência de micro-organismos


O uso inadequado de antibióticos pode causar a resistência bacteriana. Como efeito, as infecções se tornam cada vez mais difíceis de serem tratadas. Em casos graves, o paciente pode até mesmo ser internado para fazer uso de medicamentos intravenosos. Por isso, atualmente, a venda desse tipo de produto só é permitida mediante apresentação de receita médica.


Eficácia dos remédios


Analgésicos, anti-inflamatórios, antialérgicos e vasoconstritores nasais são os remédios mais utilizados sem prescrição. O uso frequente e sem acompanhamento médico pode levar a uma intolerância, bem como à necessidade de constante aumento da dose. Assim, com o passar do tempo, a automedicação pode inibir a eficácia das substâncias ingeridas.


Interação medicamentosa


A combinação de medicamentos, entre um remédio de uso constante e um que foi usado inadvertidamente, pode anular ou potencializar o efeito dos princípios ativos. Por essa razão, é indispensável ler as informações contidas na bula, no campo “interação medicamentosa”, e nunca intercalar fármacos sem indicação adequada. 


A importância do acompanhamento médico


Antes de ingerir qualquer substância, você deve conhecer os efeitos e as indicações dela. Consulte profissionais capacitados em receituário e faça um acompanhamento médico, pois, assim, você conseguirá aliviar os sintomas e proteger a sua saúde.


É importante observar que a propaganda indiscriminada de medicamentos é um fator prejudicial, que induz e incentiva o consumo incorreto desses produtos. Por causa disso, muitas pessoas acabam usando produtos inadequados para resolver determinados problemas.


A prática da automedicação pode também colocar em risco a vida dos usuários e afetar o sistema de saúde pública, principalmente por causa de internações hospitalares que geram custos que poderiam ser evitados com acompanhamento correto. Dessa forma, não hesite em procurar o médico assim que os sintomas aparecerem e evite aceitar recomendação de terceiros.


Para a prevenção, os especialistas recomendam a manutenção de hábitos saudáveis — alimentação balanceada, ingestão de água, higienização e boas noites de sono. O desequilíbrio desses fatores contribui para o aparecimento de alguns desconfortos, mas podem ser controlados sem a necessidade de medicamentos.


Como você viu neste artigo, a automedicação é um grande risco para a saúde da população. Por isso, converse com médicos e farmacêuticos para receber uma orientação correta quanto aos perigos e os efeitos do consumo de remédios.


Gostou de entender melhor sobre os perigos da automedicação? Então, compartilhe este post nas suas redes sociais e ajude os seus amigos a também dominarem o assunto! Vamos lá!


E se você está precisando de ajuda, nós temos profissionais habilitados e especializados para lhe ajudar! Marque sua consulta ou entre em contato pelo telefone (61) 3542-2803.

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