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Doença do refluxo: tudo o que você precisa saber


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Sinais como azia, rouquidão, tosse seca e até mesmo problemas dentários podem indicar doença do refluxo gastroesofágico. É uma patologia que pode se apresentar de diferentes formas, o que confunde bastante o paciente na hora de procurar ajuda médica.


O quadro pode ser bastante incômodo e exige, além do tratamento adequado, mudanças no estilo de vida e alimentação. Quer entender melhor o que caracteriza a doença do refluxo, quais os sintomas e fatores de risco, bem como o tratamento e formas de prevenção? Acompanhe nosso post e tire todas as suas dúvidas!


O que é doença do refluxo?


A doença do refluxo gastroesofágico ocorre quando os ácidos do estômago voltam para o esôfago, ou seja, não seguem o caminho normal da digestão. O refluxo ocasional é uma situação normal para qualquer pessoa, porém se torna uma doença quando ocorre de forma crônica.


Isso ocorre porque uma estrutura muscular — chamada de esfíncter funcional — que se situa entre o esôfago e estômago não funciona direito, relaxa ou fica fraca e, assim, permite a passagem dos ácidos.


O quadro passa a irritar os tecidos do esôfago e até mesmo a garganta, o que causa muito incômodo no dia a dia. Quando atinge a laringe e faringe recebe o nome de refluxo faringo-laríngeo.


Crianças


Muitos bebês, nos primeiros meses de vida, podem apresentar refluxo. É uma condição normal porque os tecidos entre o esôfago e estômago não estão totalmente formados, o que se soma ao fato de os pequenos passarem a maior parte do tempo deitados.


Com o crescimento da criança, que começa a ficar sentada, junto com a mudança da alimentação, de líquida para sólida, o refluxo tende a desaparecer.


Quais os fatores de risco para esse quadro?


Acompanhe abaixo alguns fatores de risco para a doença do refluxo:

  • hérnia de hiato: condição na qual uma parte do estômago se projeta para cima do diafragma;

  • gravidez: o bebê pode pressionar o esfíncter esofágico;

  • obesidade: também pode haver pressão sobre o esfíncter esofágico;

  • alimentação: refeições volumosas, com alimentos muito ácidos ou que contêm cafeína podem contribuir para o quadro;

  • deitar-se logo após as refeições;

  • cigarro: o fumo pode atrapalhar os reflexos musculares, bem como aumentar a produção de ácido no estômago;

  • uso excessivo de bebidas alcoólicas: o álcool pode prejudicar a mucosa do esôfago e estômago.


Quais os principais sintomas?


A doença do refluxo pode se manifestar de maneiras variadas:

  • azia;

  • náusea;

  • dor no peito;

  • mau hálito;

  • erosão dentária: desgaste do esmalte do dente causado pelos ácidos estomacais que voltam para a boca;

  • gosto ruim na boca;

  • dor de garganta;

  • tosse seca persistente;

  • rouquidão;

  • sensação de bolo na garganta;

  • laringite;

  • inchaço na garganta;

  • dificuldade para engolir;

  • pigarro;

  • asma, bronquite ou pneumonia, caso o refluxo seja aspirado.


Qual a relação entre refluxo e otorrinolaringologia?


Muitos dos sintomas que citamos acima são relativos à faringe e laringe, por isso não podem ser ignorados. Muitas vezes, as pessoas não dão atenção a uma rouquidão prolongada ou tosse seca e acabam convivendo com o problema.


A volta dos ácidos da digestão para a garganta pode provocar lesões nas mucosas e ser responsável por alguns sintomas, como um problema na voz ou, até mesmo, dificuldade para engolir.


Saiba que é fundamental procurar, em primeiro lugar, o otorrinolaringologista, que avaliará o paciente e fará exames como a videolaringoscopia para analisar as estruturas da faringe e laringe.


Se o distúrbio na voz for uma indicação sugestiva de doença do refluxo, o profissional faz o encaminhamento para o médico gastroenterologista, que vai examinar esôfago e estômago e fechar o diagnóstico. Para isso, alguns exames podem ser recomendados, como a endoscopia digestiva alta e phmetria, método que mede o ph do trato digestivo, com atenção especial a uma bactéria que habita o estômago( H. Pylori ) .


Como é o tratamento?


Após o diagnóstico, a doença do refluxo pode ser tratada de 3 maneiras:


Tratamento clínico


O médico vai prescrever medicamentos para reduzir a acidez estomacal e melhorar a motilidade do esôfago, o que vai amenizar muitos sintomas. É importante salientar que somente o profissional de saúde, após a avaliação do paciente, poderá prescrever os remédios adequados para cada caso. A automedicação pode ser perigosa e até piorar a condição.


Além dos medicamentos, o especialista vai orientar quanto as mudanças no estilo de vida, que incluem:

  • perda de peso: muitos pacientes obesos, após o emagrecimento, deixam de sofrer com a doença;

  • reeducação alimentar: é importante evitar alguns alimentos e bebidas que contribuem para o quadro, além de fracionar as refeições, ou seja, não consumir grandes quantidade de uma só vez;

  • abandono do hábito de deitar-se após as refeições;

  • prática de atividade física.


Tratamento cirúrgico


Caso o paciente não melhore com medicamentos e mudanças nos hábitos ou ainda se a doença do refluxo for decorrente de alguma anormalidade (como a hérnia de hiato), o recomendado é a cirurgia.


O médico faz uma dobra no esôfago, como se construísse uma válvula, para que a passagem entre esse órgão e o estômago seja a mais normal possível. A cirurgia pode ser convencional, com um corte na barriga ou via laparoscopia, em que o médico faz  pequenos furos e se orienta com uma microcâmera.


Tratamento endoscópico


Por meio da endoscopia, alguns casos de doença de refluxo podem ser tratados. É um tratamento novo, em que o médico pode inserir pequenos implantes para evitar a passagem dos ácidos estomacais para o esôfago.


Como se prevenir do problema?


Com pequenas mudanças de hábito, é possível prevenir a doença do refluxo. Veja algumas medidas:

  • adotar uma dieta saudável;

  • comer em pequenas porções;

  • comer devagar;

  • mastigar bem os alimentos;

  • moderar o consumo de alimentos que podem contribuir para o refluxo, como café, chá-mate, chocolate, derivados de leite, refrigerante, sucos cítricos ou de pratos muito picantes ou gordurosos;

  • evitar álcool e cigarro;

  • não se deitar logo após as refeições;

  • elevar um pouco a cabeçeira da cama na hora de dormir.


A doença do refluxo gastroesofágico causa muitos incômodos no dia a dia e, caso não tratada, pode evoluir para patologias mais sérias como problemas respiratórios, úlceras e até câncer no esôfago. Por isso, fique atento aos sintomas.


Se quiser entender um pouco mais sobre a relação do refluxo com os sintomas otorrinolaringológicos, entre em contato com a clínica Otorrino DF e receba todos os esclarecimentos!


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